quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pesquisa do Ministério da Justiça confirma má gestão na segurança pública do país

Dados revelam disparidade na estruturação da segurança dos Estados, nas condições de trabalho e nas ações de combate

Uma série de pesquisas divulgada nesta terça-feira (19) pelo Ministério da Justiça comprovou em números e dados científicos o que a sociedade já desconfiava. A segurança pública do País "sofre de graves problemas de gestão" e é aplicada "de forma empírica" e muitas vezes caótica nos Estados, segundo informou, em entrevista, o ministro José Eduardo Cardozo. — O empirismo (derivado) da falta de informações precisas resulta em ações malsucedidas e desperdício de dinheiro público. Historicamente, gasta-se mal o pouco dinheiro que se tem", afirmou. As pesquisas, divulgadas pela primeira vez em conjunto, fazem parte do Sinesp (Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal), que vai balizar a definição de políticas públicas no País de agora em diante. Os Estados que não preencherem corretamente as informações sobre criminalidade vão ser punidos com a suspensão dos repasses de recursos federais, que somam mais de R$ 600 milhões ao ano. Para Cardozo, o dinheiro federal "não vai mais sair pelo ladrão", mas só com base em planejamento e em situações demonstráveis com toda transparência. Apenas 15 Estados, segundo o levantamento, já produzem informações de boa qualidade sobre criminalidade. Em sete outros, a informação é de baixa ou quase nenhuma qualidade, sendo que quatro deles não alimentam o Sinesp. São eles Santa Catarina, que enfrenta uma onda de violência nas últimas semanas, Amapá, Piauí e Roraima. Outros cinco produzem boa informação, mas se recusam a repassá-las ao sistema federal.

Disparidade entre Estados

Os dados das pesquisas revelam profunda disparidade na estruturação da segurança dos Estados, nas condições de trabalho e nas ações de enfrentamento ao crime. A mais emblemáticas delas (Perfil das Instituições de Segurança Pública) revela que em 11 Estados há mais armas do que policiais. Mais da metade das delegacias do País não realiza ações integradas com as polícias militares, contrariando uma norma definida em lei há mais de cinco anos. As condições de atuação policial também são distintas. Em São Paulo, a Polícia Militar, com o maior efetivo (85 mil policiais), tem 136,2 mil armas. Nos demais ocorre o contrário.
No Rio Grande do Norte e no Amazonas, por exemplo, existe uma arma para cada dois policiais. Em quatro unidades federativas (Espírito Santo, Paraná, Distrito Federal e São Paulo) há mais coletes à prova de bala do que policiais. No outro extremo, nos Estados do Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Piauí e Paraíba, há um colete para cada quatro policiais. Em Roraima, nenhuma unidade da PM tem acesso à internet. Em Mato Grosso e Piauí, 56% das unidades policiais não possuem acesso à rede. Em Alagoas, Amazonas, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte, esse índice chega a 50%.
Em Santa Catarina, há apenas 20 unidades de polícia comunitária. São Paulo, que também passou por grave crise de violência recentemente, lidera o ranking, com mais de 480 unidades da chamada polícia de proximidade.

Fonte: R7

Bandidos explodem a agência do Bradesco de Junco do Seridó/PB




Agência do Bradesco da cidade de Junco do Seridó (na região da Borborema) ficou completamente destruída após sofrer uma tentativa de assalto, na madrugada desta quarta-feira (20), conforme informou o tenente da Polícia Militar Fernando Galindo.

Segundo o policial, por volta das 02h30, quatro homens em duas motocicletas chegaram no estabelecimento bancário montaram os explosivos e acionaram as bananas de dinamites.
“Os criminosos exageraram na dose. Usaram muitas dinamites e o prédio do banco ficou completamente destruído. Ao lado fica a Câmara Municipal da cidade e a estrutura foi prejudicada”, comentou o policial.
O tenente disse que devido a forte explosão, o telhado e as paredes da agência desabaram. O terminal eletrônico ficou embaixo dos destroços impossibilitando a retirada das cédulas. “Pela situação que encontramos o local, acredito que eles não levaram o dinheiro porque nem o caixa dava pra ver. O poder de fogo dos bandidos foi grande”.
Após a ação, o quarteto fugiu efetuando tiros para o alto na tentativa de intimidar os moradores. Eles não colocaram grampos na estrada. Os criminosos fugiram com destino as cidades de Parelhas e Equador no Rio Grande do Norte. Policiais da Paraíba e RN fizeram rondas, mas não obtiveram êxito.
Na última segunda-feira (18), o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, cumpriram na última segunda-feira (18), três mandados de busca e apreensão para combater o comércio irregular de explosivos nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. Os mandados de busca e apreensão na Paraíba foram cumpridos no Junco do Seridó (na região da Borborema) e em Lagoa de Dentro (Agreste paraibano),
De acordo com o promotor de Justiça Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco, duas pessoas já estão detidas e 25 quilos de explosivos (nitron, utilizado para fabricar dinamite artesanal), espoletas usadas para detonar os explosivos e duas espingardas foram apreendidos.
Conforme as investigações, o material estava sendo vendido em mineradoras e garimpos para grupos criminosos especializados em explosões de agências bancárias.

Fonte: Por Hyldo Pereira/ PortalCorreio