sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quadrilha explode caixas eletrônicos no interior do RN e foge com dinheiro

Dois caixas-eletrônicos da agência do banco Bradesco do município de Pureza, distante a 56 km de Natal, foram explodidos na madrugada desta sexta-feira(22), por volta das 3h, por uma quadrilha com cerca de sete integrantes. De acordo com o tenente Leão, da Polícia Militar, o grupo usou dinamite como artifício e destruiu boa parte do estabelecimento, levando uma quantia até o momento não revelada.
Segundo o tenente Leão, populares informaram a Polícia Militar que a quadrilha havia fugido em veículo L 200 de cor preta em direção a BR-101 norte, sentido Natal. Na ocasião, os bandidos perderam o controle do veículo e colidiram como uma mureta próxima da Ambev, mas apesar do acidente, ainda conseguiram fugir em um celta de cor prata, que dava suporte ao grupo.
Após a colisão, a Polícia Militar chegou na rodovia e encontrou no veículo armas de grosso calibre, como uma escopeta calibre 12 com oito munições, uma pistola ponto 40 pertencente a Polícia Militar do Paraná contendo 13 munições, um revólver calibre 38 com seis munições, além de ferramentas como pé-de cabra.
Diligências foram realizadas por toda a região, mas nenhum suspeito foi encontrado até o momento. A polícia não soube informar a quantia levada pela quadrilha.
Fonte: DN Online

As glórias dessa profissão tão amada e odiada ao mesmo tempo. Todo policial já ouviu ou vai ouvir

É natural que toda profissão carregue consigo uma série de visões preconcebidas e estereótipos.  

Você já bateu em alguém? Já matou alguém?”Quase todo o imaginário em torno da profissão policial se relaciona com a prática da violência. Normal: somos os únicos profissionais autorizados pelo Estado a utilizá-la legitimamente. Então, não é raro que as pessoas queiram saber quantos socos, pontapés e tiros são efetuados em nosso serviço. Não imaginam que o uso da força é exceção durante o serviço policial ordinário, e que os policiais geralmente se ocupam mais com prestação de serviços corriqueiros e gerenciamento de pequenas crises, do que com ocorrências de grande vulto – que ocorrem também, mas em menor constância.



“Você é tão educado, nem parece ser policial…”
Algumas ações policiais e um histórico de repressões e arbitrariedades fazem com que as pessoas pensem que os policiais são todos truculentos, grosseiros e incultos. Nos chamados “anos de chumbo”, policiais atuavam na repressão a intelectuais de esquerda, em relação aos quais tinham pouca instrução – até mesmo pelos “métodos” de seleção da época. O resultado é que culturalmente tornou-se espantoso conhecer um policial que seja educado, polido e inteligente.



“Bandido bom é bandido morto. Acho que a polícia tem que bater mais…”
Sob a perspectiva de que as pessoas entendem que o policial, em regra, é truculento, não é raro que em algumas situações elas tentem agradá-lo fazendo apologia à violência policial. Tolos são os policiais que embarcam em tais incentivos, volúveis e irrefletidos, expressando um conservadorismo de momento, que se vira contra o próprio policial a partir do momento que a vítima da arbitrariedade possua algum laço de afeição com o incentivador da violência. Bandido bom é bandido morto quando o “bandido” é desconhecido e distante.



“Mas você trabalha no administrativo, não é?”
O trabalho de rua é considerado um trabalho menor pelas pessoas. Primeiro, porque só conseguem enxergar o trabalho repressivo e arbitrário, segundo, porque nós, policiais, fazemos pouca questão de orientar o trabalho operacional para a resolução de conflitos mediante negociação e interação cidadã. Deste modo, as pessoas torcem para que o policial seu conhecido seja um “administrativo” e não um “bicho-papão” desses que vive nas ruas espancando as pessoas…



“Não oferecemos desconto para policiais…”
Infelizmente, alguns policiais se utilizam do poder fornecido pela profissão para conseguir vantagens das quais não possuem direito. Desta postura descende o aviso prévio de comerciantes e donos de estabelecimentos, assim que identificam um policial em seu negócio, informando que policiais não pagam menos, nem deixam de pagar. É uma situação constrangedora que chega a gerar conflitos irreversíveis.



“Não gosto de policiais!”
Certamente apenas quem não é policial achará que esta frase não é dita. Existem casos de mulheres recusarem namorados assim que sabem que eles são policiais, amigos se distanciarem por causa da nova profissão ou até mesmo amizades nem sequer serem estabelecidas por causa do título “policial” que alguém possua. Preconceito e discriminação claros.


Nesse caso deve orientar o cidadão, que quando precisar da polícia ligar para a Liga de Justiça.



* * *
Como se vê, o passado e algumas práticas do presente dão sustentação a iniciativas de segregação social contra os policiais. Creio que para reduzir tais incompreensões é preciso que as polícias, cada vez mais, fomentem um ambiente crítico e educativo para o público interno, para que tais posturas possam ser questionadas com fundamentação, já que algumas delas são ratificadas e aprofundadas por membros das próprias corporações.
Além disso, é preciso dignificar os policiais, dando-lhes ascensão social, com salários aceitáveis e uma atuação em conformidade com o Estado de Direito. Olhemos para o que somos, para então impor uma visão legítima e indubitavelmente merecedora de admiração.

Nota do Blog:
O preconceito é algo que somente o tempo e nossas atítudes irão fazer a sociedade mudar, mas no entanto não podemos nos calar e deixar falarem o que querem sem ser censurado, mas já evoluímos muito nos últimos 15 anos e acredito que vamos evoluir ainda mais nossa imagem com tempo.
 
Fonte: sertaoabandonado